Watchmen é, para além de uma adaptação brilhante de uma BD, uma experiência visual e cinematográfica surpreendente. Várias são as vezes em que o nosso fôlego se suspende.
Muito mais que um filme se super-heróis.
"Desconstruindo o super-herói, “Watchmen” está preocupado com o ser humano. Estes são simples homens e mulheres que, apesar de se verem impotentes perante a maldade e sujidade do mundo, se mascaram para combater o crime. À excepção do Dr. Manhattan, o único com super-poderes, todos eles fazem uso dos seus talentos naturais, que trazem consigo qualidades, falhas e contradições humanas. Numa sociedade sem esperança e no seio de uma falência moral, eles estão destinados a ajudar a humanidade, ainda que cada um deles tenha uma visão diferente sob a forma correcta de o fazer. (...)
Do ponto de vista visual, “Watchmen” tem uma extrema atenção ao detalhe.(...)
“Watchmen” é uma obra ambiciosa e arriscada, porque parte de uma fonte densa e complexa. Através de flashbacks, o quadro de cada personagem vai-se alargando, percebemos de onde vêm e o que os motiva. Conseguimos ligar-nos a Dan e à sua falta de propósito e direcção desde que se “reformou”, à insatisfação afectiva de Laurie, sofremos com a dura perda de humanidade de Dr. Manhattan e revoltamo-nos perante as coisas que Rorschach viu e sofreu. São estas personagens, cuja força é correspondida com muito competentes interpretações (destaco Jackie Earle Haley como Rorschach), e os seus impossíveis dilemas que tornam “Watchmen” uma fábula brutal e filosófica." Rita Almeida in Cinerama
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